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Durante nossa vida deparamos-nos com coisas que nos fazem refletir, e hoje tive a oportunidade de refletir sobre a "a cereja do bolo".
A cereja do bolo é o diferencial. É o que destaca. É o que dá sentido. É o que tira o fôlego. É o que nos faz correr atrás, nos motiva, nos dá gana. É aquilo que nos faz recordar algo com felicidade imensa.
Entendam o que quiserem, mas todos nós temos o nosso bolo. E sempre existe espaço para uma cereja.
Ouso dizer que uma vida é feita de muitos bolos (para azar ou felicidade daqueles que vivem em pecado com doces).
O que aprendi com a cereja do meu bolo (ou será a maçã?) é que coisas simples podem dar significado ao que antes era incompreensível.
Uma frase dita no momento certo pode trazer à tona a compreensão de coisas que antes passavam desapercebidas, e que fazem parte indispensável de uma vida feliz e completa.
As cerejas são diferentes para cada pessoa. Assim como o bolo. Já vi cerejas que foram um simples momento, mas que marcaram a pessoa. Já vi cerejas sendo construídas de momentos, pequenos instantes, que, juntos, fizeram a diferença.
Minha cereja mais recente foi assim. Vários momentos, que, juntos, fizeram que eu aprendesse que a vida é mais simples do que parece.
Precisamos de grandes aspirações, de sonhos ambiciosos, de metas que nos levem às alturas. E também precisamos abrir os olhos para o que está do nosso lado.
Sem perceber podemos focar no alto, e esquecer daqui de baixo, criando um sentimento de vazio, já que o alto continua sempre alto.
Mas as cerejas do bolo fazem parte da escada que nos ajuda a atingir o topo.
O que aprendi?
A cereja do meu bolo foi aprender a abrir os olhos e o coração para os pequenos momentos, perdendo o medo de se entregar, deixando a mostra um 'eu' verdadeiro.
E agora fiquei curioso. Qual será a cereja do seu bolo? (podem escrever anonimamente, se acharem melhor)
Abraço!
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Ele era atípico, suas atitudes eram atípicas, suas roupas eram atípicas. Assim como suas histórias.
Acordou como se tivesse levado um susto. Despertara de um daqueles sonhos que te fazem bem, mas ao mesmo tempo te deixam triste, pois não queria que ele acabasse.
Vestiu-se com um jeans velho e surrado, gasto pelo uso continuado, já com as formas de seu corpo. Não muito diferente era o tênis que colocou. Velho, sujo e confortável.
A camiseta era básica, sem estampas, frases ou cores chamativas. Branca. Assim como aquele sonho que acabara, mas não tinha acabado.
Não sabia se estava completamente desperto. Só sabia que não tinha sono. Não sabia que horas eram, tampouco lembrava o dia da semana. Sexta? Sábado? Quinta?
Pouco importava.
Bebeu um copo de café preto. O gosto amargo desceu arranhando seu corpo. Pudera, havia sobrado do dia anterior, e não tinha açúcar.
Aliás, açúcar não era preciso. Sua mente estava doce. Assim como seu sorriso.
Fechou seu apartamento. Desceu até sua garagem e abriu o carro.
Entrou com vagar, ainda pensando no que iria fazer.
Atípico.
Ligou o carro, conferiu o tanque de gasolina, miraculosamente cheio. Cheio como seu coração, repleto de esperança. Cheio como sua cabeça ficaria em instantes.
Não ligou o som. Não precisava de música naquele momento.
Manobrou o carro e rumou à estrada mais próxima.
Devia ser feriado. Não haviam outros carros na estrada. Ou seria a hora?
Algo dizia que era muito, mas muito cedo. A luz do sol estava baixa, conferindo àquela estrada uma sensação confortante.
Pensou: “É hoje. Vou guiar minha vida.”
Ligou seu Ipod no rádio do carro e deixou que aquele aparelho ditasse a trilha sonora. Não haveria motivos para selecionar este ou aquele artista, afinal, só tinha coisas que gostava. O acaso que levara sua vida até aquele momento levaria agora apenas sua trilha sonora. A outra trilha ele faria.
Com os vidros abertos, deixou que o vento fizesse com que aquele dia fosse único. Talvez o primeiro.
Foi dirigindo, apenas.
Por uma estrada que não sabia aonde o levaria, foi guiando seu carro. Sentia que estava guiando sua vida.
A estrada é como a vida. A vida não é um caminho?
Foi trilhando um novo caminho.
Sua vida nova começaria aonde seu combustível acabasse.
Talvez o acaso tivesse um papel importante em sua vida. Pararia em um lugar ao acaso, e lá viveria. O acaso que ele afastara acabaria trilhando seu caminho.
Longas horas passaram enquanto dirigia. Não sentiu nada que fizesse com que ele parasse de dirigir.
Conectou-se à estrada assim como com sua vida.
Durante a estrada lembrou sua infância. Os momentos de alegria com seus pais. As brincadeiras de criança. Sua adolescência, sua escola.
Lembrou de todas as mulheres que teve, as que deixou de ter, as lições aprendidas com cada uma.
Lembrou de seus empregos, suas viagens e os filmes que viu.
Chorou cada vez que lembrava de seus heróis e as lições que havia aprendido. Chorou com os amigos que se foram e com as derrotas que teve.
Logo voltava a sorrir, já que cada derrota lhe proporcionou um aprendizado.
A estrada, o vento no rosto, o sol dando algumas dicas que muito tempo havia passado fizeram com que ele chegasse a uma conclusão: “Nasci de novo.”
Nascera um novo homem. Atípico.
A gasolina acabou e o sol baixou. Chegara em um lugar muito longe daquele que havia sido sua casa.
Juntou os trocados que tinha na carteira, procurou um hotel.
Não perguntou onde estava, que dia era ou que horas. Apenas pediu um quarto.
Tomou um banho quente e demorado. Bebeu um copo de água gelada e foi dormir.
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Competição.
Algo latente nos seres humanos. Quem disse que a vida não é uma competição?
Alguns estão mais acostumados com isso, outros menos. Mas todos competem.
A conquista não é uma competição? E, se bem praticada, não são os dois que saem ganhando?
Ouso dizer; competição é sexy!
Quem nunca jogou com uma mulher não sabe o que perde. Perder não está nos planos. Ganhar é palavra de ordem. Para ambos.
Entre uma carta e outra uma intensa troca de olhares, táticas para fazer o "adversário" perder a concentração, uma manhazinha aqui, um sorriso acolá. E no meio de tudo isso um sentimento, uníssono: não posso perder!
Resultado: perdi para ela. Delícia! No melhor sentido da palavra.
Durante uma partida pode haver muito em jogo para aqueles mais competitivos. E é aqui que entra a máxima: play the player, not the game. Jogar é astúcia. É frenesi. É sensação.
Qualquer que seja o jogo, a sensação de jogar com uma mulher é maravilhosa. E se for competitiva então, é formidável!
O clima fica tenso. Músculos se retraem. O sorriso ganha ares marotos. Tudo por causa do objetivo: seja ganhar ou perder (sim, perder pode ser um objetivo).
Ganhar ou perder é uma fantasia, é a chance de ter o "adversário" na mão.
E o jogo é o caminho. A sensação daquele friozinho na barriga, aquele anseio, aquele processo de... conquista.
É ver aquele que perdeu mordendo o lábio, pensando que podia ter dado mais de si... é ver a felicidade no olhar de quem ganhou... é ter saudade de quando se tinha controle do jogo... aquele silêncio onde quem mais fala são os olhos... é lindo.
Por isso: perdi, e foi uma delícia.
O belo sorriso da vencedora foi meu prêmio.
Jogar e competir tem seu lado sexy. As sensações causadas pela vitória ou pela derrota também podem ser sentidas em um abraço, um beijo, um aperto de mão...
A felicidade e o lindo olhar da vitória, a sensibilidade da derrota, o charme da competição e chance de uma revanche transformam o jogar em algo muito mais interessante e especial do que seu resultado... quando os dois jogadores saem ganhando.
Pensando assim, diferente, é que tenho a certeza que perder para uma mulher no jogo pode ser deveras delicioso.
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