Tenho tido uma reflexão recorrente: como realmente somos?
Aqui mesmo já foi falado como o ser humano é competitivo, evoluído mas
funcionando com base nas premissas que aprendeu ainda enquanto homem das cavernas, solidário... será?
Será que não somos cooperativos, pouco evoluídos e
completamente independentes daquilo que aprendemos enquanto homens das cavernas
e individualistas?
O que realmente somos?
Uma história
Nas últimas férias que tive viajei para lugares que
sempre sonhei. Nestes lugares tive a oportunidade de reaprender história,
visitando museus e lugares históricos. Em uma viagem conheci duas pessoas que
tinham ido a um dos lugares mais estudados e comentados do mundo: Auschwitz.
Fiquei fascinado pela história e decidi que um dia iria
conhecer um dos lugares que muitos sequer cogitam passar perto.
Assisti muitos filmes, séries e documentários sobre
guerra. Li livros que relatavam exatamente o que aconteceu nos anos de 1940 a
1945. Ouvi histórias assustadoras. Achei que sabia o horror que assombrou
milhões de pessoas.
Nada.
Peço desculpas por falar assim, agora quero tentar
descrever o impossível: a pior sensação do mundo.
Esqueça tudo que você pensa que sabe sobre sofrimento.
Esqueça tudo que você sabe sobre crime. Esqueça tudo que você sabe sobre a vida
e a morte.
Vi que o ser humano pode estar morto mesmo estando vivo.
Ouvi o som assustador de vozes pedindo socorro. Senti o amargo sabor da morte.
Nada pode ser mais profundo, triste, deprimente,
sorumbático, pesado e aniquilante do que o sofrimento daqueles que passaram por
Auschwitz. Nada.
Pesquise o peso do que está por trás desta foto...
O homem é capaz de cometer atrocidades inexplicáveis. O
homem é um ser que pode estender a mão para ajudar alguém, e, com essa mesma
mão puxar um gatilho. O homem é um eterno paradoxo (escreverei sobre isso,
ainda).
A História
Somos todos seres insatisfeitos. Nossa natureza faz com
que sempre venhamos a querer aquilo que não temos.
A História nos prova isso. Basta olhar para os detalhes
que a História nos mostra. Em um momento o homem é democrático. No momento
seguinte, insatisfeito, o homem muda a sociedade e a história, virando um homem
autoritário.
Insatisfeito, o homem autoritário vira um homem
democrático. O novo homem democrático, insatisfeito, vira um homem autoritário.
O homem não possui conhecimento e discernimento para
explicar certas coisas, atribuindo-as a vários deuses. Todos os deuses são
substituídos por uma só entidade. A história prossegue, e os homens, insatisfeitos,
voltam a acreditar em vários deuses. A continuação eu espero que você já tenha
percebido...
O homem, paradoxal, desenvolve o ambiente em que vive,
evoluindo em alguns aspectos e involuindo em outros. É o reflexo de sua
insatisfação. Sir Mick Jagger já cantou: “you can’t always get what you want”.
E o que aprendemos com a história?
O aprendizado
O que o homem quer, verdadeiramente?
Satisfação. Satisfazer a si mesmo.
Procuramos trabalhar para realizar nossos sonhos.
Buscamos explorar nossa vocação para satisfazer o nosso ego, o nosso eu
interior que grita: “faça o que você gosta de fazer”.
Queremos garantir que, contrariando Sir Mick Jagger,
conseguimos tudo aquilo que desejarmos. Queremos olhar as nossas realizações,
queremos ouvir os parabéns dos outros e queremos sentir a sensação de estar
plenamente satisfeitos.
Queremos deitar a cabeça no travesseiro e termos a
certeza que fizemos aquilo que queríamos.
Não é?
Agora, o que nos impede de satisfazer todos os nossos
interesses satisfazendo o interesse dos outros? Quem foi que disse que não
posso ser um ser humano satisfeito ajudando os outros a satisfazer os seus
desejos?
A história mostra que o homem é um ser social. Vivemos em
sociedade e temos deveres para com aqueles que vivem conosco.
Somos responsáveis por nós e pelo grupo. É aquela máxima:
meu limite acaba aonde começa o limite do outro.
O que falta para o homem é ter a percepção que o meu
limite pode ser ampliado: não há limites para o limite.
Se meu limite acaba onde começa o do outro, se eu
juntar-me ao outro o meu limite será ampliado.
Quanto mais pessoas buscam a mesma coisa, mais os limites
se ampliam e deixam de ser limites, passando a ser catalisadores na conquista
da nossa satisfação.
Em resumo: se todos desejarmos as mesmas coisas, a chance de potencializar nossa satisfação é exponencialmente aumentada. Basta tentar, pois o próprio Sir
Mick Jagger já ensinou: “but if you try sometime, you just might find, you get
what you need”.
O desejo
Eu aprendi com a história. Aprendi que devo aprender com
a história, para não cometer os mesmos erros que cometi ou que outros
cometeram. Aprendi que o futuro depende do que foi feito no passado.
O passado serve para a coisa mais importante:
aprendizado.
Muito embora passado, a importância de olhar, ouvir e
experimentar aquilo que já existiu é incomensurável. Em resumo: o passado é o
pai do futuro.
Pais precisam ter experiência para educar seus filhos.
A história foi feita não para ser estudada, e sim
compreendida.
Desejo que o mundo possa desejar a mesma coisa: aprender
para construir.
Aqueles que me contaram a história de Auschwitz fizeram
que eu refletisse e aprendesse. Eles foram seres humanos evoluídos, ajudando-me
na minha evolução.
Eu contei essa história para outras pessoas, que
resolveram conhecer a história e evoluir por conta própria.
É uma corrente do bem (um dos filmes mais sensacionais já feitos).
A proposta
Propomos que venhamos a ser pessoas que buscam criar
correntes positivas. Crie uma corrente positiva, e ajude outra pessoa no seu
processo evolutivo. Crie a história que você deseja que seus filhos vivessem.
Pagamos bem por evolução.
3 comentários:
Brilliant! Now I have another place on my list to go visit! ; )
Belo link. A propósito, estaremos vivos quando o ser humano se der conta que se todos unirmos-nos teremmos um bem maior? Duvido! A ganância é desparelha, sempre foi e certamente será... Aqueles que penalizam os outros pelo seu próprio sucesso deixam marcas que foram retratadas nesse post. Pois bem, dormir com a consciência tranquila é a mais bela prova de quem faz a sua parte. Estou dentro do projeto!
Acho que podemos tratar tudo isso como uma questao de ponto de vista... basta usarmos a ganancia dos bens materiais pela ganancia da felicidade sem limites. O que acha?
para isso podemos estar vivos quando a mudanca acontecer...
life the life as you expected!
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